Ataque químico deixa dezenas de mortos na Síria, dizem ONGs; governo Assad nega!
Dezenas de pessoas morreram em um suposto ataque químico em
Douma, na Síria, afirmaram ativistas,
equipes de resgate e médicos sírios neste domingo (8). A cidade é
controlada pelos rebeldes e fica perto da capital, Damasco.
Douma, na Síria, afirmaram ativistas,
equipes de resgate e médicos sírios neste domingo (8). A cidade é
controlada pelos rebeldes e fica perto da capital, Damasco.
O governo de Bashar al-Assad nega o ocorrido.
Um comunicado conjunto divulgado pela Sociedade
Médica Sírio-Americana (SAMS, na sigla em inglês)
e a Defesa Civil síria (ONG mais conhecida como
Capacetes Brancos) cita 49 mortos.
Médica Sírio-Americana (SAMS, na sigla em inglês)
e a Defesa Civil síria (ONG mais conhecida como
Capacetes Brancos) cita 49 mortos.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), ONG que
monitora a guerra civil do país, disse que ao menos 80 pessoas
foram mortas em Douma ontem, incluindo cerca de 40 que morreram
de sufocamento.
monitora a guerra civil do país, disse que ao menos 80 pessoas
foram mortas em Douma ontem, incluindo cerca de 40 que morreram
de sufocamento.
A acusação do suposto ataque químico, que ocorreu
no final do sábado, partiu do grupo rebelde sírio
Jaish al-Islam. Eles acusam o regime de Assad de
lançar um barril-bomba com substâncias químicas
venenosas
contra civis em meio a uma ofensiva das forças do
governo sírio a Douma.
no final do sábado, partiu do grupo rebelde sírio
Jaish al-Islam. Eles acusam o regime de Assad de
lançar um barril-bomba com substâncias químicas
venenosas
contra civis em meio a uma ofensiva das forças do
governo sírio a Douma.
Os Capacetes Brancos, socorristas ligados à
oposição, relataram que famílias inteiras foram
encontradas
sufocadas em suas casas e abrigos.
oposição, relataram que famílias inteiras foram
encontradas
sufocadas em suas casas e abrigos.
O OSDH disse que não podia confirmar se armas
químicas foram usadas no ataque. As agências de
notícias também
químicas foram usadas no ataque. As agências de
notícias também
não conseguiram verificar os relatos de forma
independente.
independente.
Douma fica no subúrbio de Damasco, na região conhecida
como Ghouta Oriental, que vem sendo alvo do regime
sírio por
concentrar opositores perto da capital.
como Ghouta Oriental, que vem sendo alvo do regime
sírio por
concentrar opositores perto da capital.
Regime sírio nega
A mídia estatal síria negou o lançamento de ataques
químicos assim que as notícias começaram a
circular. "Os terroristas do Jaish al-Islam estão
em colapso e seus
circular. "Os terroristas do Jaish al-Islam estão
em colapso e seus
meios de comunicação estão fabricando
ataques químicos em
ataques químicos em
uma tentativa fracassada de obstruir
os avanços do
os avanços do
Exército Árabe Sírio", afirmou a agência de
notícias estatal Sana.
notícias estatal Sana.
Neste domingo, a televisão estatal síria
informou que o governo do ditador
Bashar Al-Assad "está pronto para iniciar
negociações" com os rebeldes.
informou que o governo do ditador
Bashar Al-Assad "está pronto para iniciar
negociações" com os rebeldes.
O governo russo também desmentiu o uso de
armas químicas na ofensiva. "Nós negamos categoricamente essa
informação", afirmou o general Yuri Yevtushenko,
chefe do centro russo de reconciliação na Síria.
armas químicas na ofensiva. "Nós negamos categoricamente essa
informação", afirmou o general Yuri Yevtushenko,
chefe do centro russo de reconciliação na Síria.
Reação dos Estados Unidos
Os Estados Unidos pediram à Rússia que
retirem o apoio a Assadapós o suposto
ataque químico. O Departamento de
Estado dos EUA disse que relatos de vítimas
em massa
retirem o apoio a Assadapós o suposto
ataque químico. O Departamento de
Estado dos EUA disse que relatos de vítimas
em massa
de um suposto ataque de armas químicas em
Douma foram "horripilantes" e que, se
confirmados, "exigem uma resposta
imediata da comunidade internacional".
Douma foram "horripilantes" e que, se
confirmados, "exigem uma resposta
imediata da comunidade internacional".
No Twitter, o presidente dos EUA,
Donald Trump,
Donald Trump,
condenou o suposto ataque e afirmou que
a Síria pagará um preço alto. "Muitos mortos,
incluindo mulheres e crianças,
a Síria pagará um preço alto. "Muitos mortos,
incluindo mulheres e crianças,
em um
ataque químico absurdo na Síria. A área da
atrocidade está cercada pelas forças sírias,
deixando-a inacessível para o resto do
mundo", escreveu.
atrocidade está cercada pelas forças sírias,
deixando-a inacessível para o resto do
mundo", escreveu.
"Presidente Putin, Rússia e Irã são responsáveis
pela volta do
pela volta do
'animal' Assad. Preço alto a ser pago. Abram
a área imediatamente para atendimento
médico e investigação. Outro desastre humanitário
sem qualquer razão", completou Trump.
a área imediatamente para atendimento
médico e investigação. Outro desastre humanitário
sem qualquer razão", completou Trump.
Papa condena ataque
O papa Francisco condenou, neste
domingo (8), o uso de "instrumentos
de extermínio contra a população" na
domingo (8), o uso de "instrumentos
de extermínio contra a população" na
guerra da Síria.
"Nada pode justificar isso", afirmou o
papa na praça de São Pedro do Vaticano,
momentos após celebrar uma missa do
segundo domingo
de Páscoa. "Chegam da Síria notícias
terríveis, com dezenas de vítimas, muitas
delas mulheres e crianças.
Rezamos por todos os mortos, pelas famílias
papa na praça de São Pedro do Vaticano,
momentos após celebrar uma missa do
segundo domingo
de Páscoa. "Chegam da Síria notícias
terríveis, com dezenas de vítimas, muitas
delas mulheres e crianças.
Rezamos por todos os mortos, pelas famílias
e pelos afetados", disse.
"Rezamos para que os responsáveis
políticos e militarem escolham outro
caminho, o da negociação, o único que
políticos e militarem escolham outro
caminho, o da negociação, o único que
pode levar à paz e não à morte e à
destruição", afirmou o papa Francisco.
destruição", afirmou o papa Francisco.
Ofensiva contra rebeldes
Forças do governo sírio retomaram na
sexta (6) à tarde sua ofensiva contra
Douma, cidade controlada por rebeldes,
sexta (6) à tarde sua ofensiva contra
Douma, cidade controlada por rebeldes,
após uma trégua de dez dias entrar em
colapso devido
colapso devido
a um desacordo sobre a evacuação
de combatentes da oposição.
de combatentes da oposição.
A violência recomeçou dias depois
que centenas de combatentes da oposição
e seus parentes deixaram
que centenas de combatentes da oposição
e seus parentes deixaram
Douma em direção às áreas controladas
pelos rebeldes
pelos rebeldes
no norte da Síria. Douma é a última
fortaleza rebelde
fortaleza rebelde
no leste de Ghouta.
Assad já recuperou o controle de quase toda
a região, em uma campanha militar apoiada
pelos russos que começou em fevereiro,
deixando apenas Douma em mãos rebeldes.
Após um período de calmaria de alguns dias,
as forças do governo voltaram a
a região, em uma campanha militar apoiada
pelos russos que começou em fevereiro,
deixando apenas Douma em mãos rebeldes.
Após um período de calmaria de alguns dias,
as forças do governo voltaram a
bombardear Douma na sexta.
Ataques químicos
O suposto ataque de gás em Douma
ocorre quase um
ocorre quase um
ano após um outro ataque químico,
também não confirmado,
também não confirmado,
na cidade de Khan Sheikoun, no norte
da Síria.
da Síria.
Dezenas de pessoas morreram.
O presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump,
Donald Trump,
chegou a ordenar uma ofensiva com
mísseis contra uma base
mísseis contra uma base
aérea síria.
Na época, os governos sírio e russo
também negaram a autoria do ocorrido.
também negaram a autoria do ocorrido.
Um outro ataque químico no leste de
Ghouta, em 2013,
Ghouta, em 2013,
matou centenas de pessoas e foi
atribuído às forças do governo sírio.
Na ocasião, os EUA ameaçaram uma
atribuído às forças do governo sírio.
Na ocasião, os EUA ameaçaram uma
ação militar no país, mas recuaram.
A Síria nega ter usado armas químicas
durante os sete
durante os sete
anos de guerra civil e diz que eliminou
seu arsenal
seu arsenal
químico em 2013, sob um acordo
intermediado pelos
intermediado pelos
EUA e pela Rússia.
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