quarta-feira, 11 de abril de 2018

Espanha condena brasileiro a 8 anos de prisão por envolvimento com célula terrorista ligada ao Estado Islâmico



Dez membros de uma célula jihadista ligada ao grupo 
Estado Islâmico foram condenados pela Justiça da 
Espanha a até 12 anos de prisão nesta terça-feira (10). 
Dentre os condenados está o goiano Kayke Luan Ribeiro Guimarães.
Três dos réus receberam penas de 12 anos de prisão 
pelo crime de formar uma organização terrorista na 
condição de dirigentes, enquanto os outros sete, entre 
eles o brasileiro, têm pena de 8 anos, por serem 
considerados apenas participantes.
O goiano foi preso em 2014 ao tentar atravessar a
 fronteira da Bulgária com a Turquia por suspeita de
 união com o grupo extremista.

Planos

À correspondente da GloboNews em Madri, Luisa Belchior,
 a mãe do brasileiro disse que vai recorrer e que acredita
 na versão do filho, de que ele estava de férias na 
Turquia. A mãe do brasileiro afirmou ainda que Kayke é
 um cidadão de bem.
De acordo com a Justiça da Espanha, o grupo fotografou
 marcos de Barcelona que cogitavam atacar e consideraram
 também sequestrar uma pessoa, vesti-la com um macacão
 laranja e executá-la enquanto gravavam um vídeo.
Os acusados, diz a Justiça, constituíram uma célula ou grupo
 terrorista "com o único propósito e razão de atender e servir 
aos princípios identificados com o Daesh (Estado Islâmico), 
atentos para realizar, a qualquer momento, um ataque contra 
instituições como a polícia, entidades bancárias ou interesses
 judeus estabelecidos na Espanha, ou se juntar às
 fileiras do Daesh", detalha nota do Judiciário espanhol.



O brasileiro foi preso em 2014 quando estava tentando
 atravessar a fronteira da Bulgária com a Turquia 
para chegar à Síria. Ele já estava sendo monitorado 
pela polícia da Catalunha, que tinha indícios de
 que ele tinha ligações com uma célula do Estado
 Islâmico. Ele foi levado de volta para a Espanha, onde ficou preso.
O Itamaraty diz que vem acompanhando o caso 
desde 2014. "Agentes consulares brasileiros 
realizaram visitas aos estabelecimentos prisionais
 em que o brasileiro se encontrou detido, 
prestando-lhe assistência, verificando seu 
estado de saúde e mantendo contato com
 sua família", afirma nota do ministério, acrescentando
 que não pode fornecer informações pessoais sobre o brasileiro.

Organização

A sentença espanhola afirma que pelo menos desde
 o primeiro trimestre de 2014 começou a se formar
 entre os frequentadores da mesquita da cidade catalã
 de Terrasa um grupo de pessoas que, com uma
 visão radical do Islã, pretendia que seus membros 
constituíssem uma célula satélite do Estado Islâmico 
capaz de levar adiante os postulados dessa 
organização terrorista. Eles denominaram esse grupo
 "Fraternidade Islâmica, Grupo para a pregação do Jihad".
Os líderes da célula começaram uma campanha de
 recrutamento e doutrinação de jovens para realizar
 dois objetivos: abandonar a Espanha para integrar-se 
como combatentes na Síria ou no Iraque, ou realizar 
ataques contra alvos relevantes dentro do país.

FONTE: PORTAL G1

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